segunda-feira, março 17, 2008

40.16

Tanta coisa e tão pouco treino. Eu gostava de escrever sobre engates e festas e filhos e política e livros e muitas outras coisas. Gostava de escrever aqui para ser melhor tipo (enquanto escrevo isto, oiço, em música de fundo, o Nicholson a dizer à muito interessante Helen Hunt: "You make me want to be a better man...)
A verdade é que eu tinha uma fé (e não uma fezada) na blogoesfera. O mundo realmente precisava de mim e era aqui que eu ia mudar o mundo. A verdade é que nem eu ia mudar o mundo nem o mundo precisava de mim. O mundo, este mundo, precisava era de gente independente e livre. Gente muito lida, muito ouvida e muito dada. Gente com gosto de apontar o dedo gordo ou especialistas na (sim, Luís, continuo a ler-te com gosto de sempre) "plurivocidade vocabular em agustina" ou na " dinâmica metamórfica e impura de uma ana-prolepse catacrética". Este mundo, descobri, precisava era de gente livre e independente. Pessoal munido de sitemeters que lê as benevolentes, gosta de gajas e despreza o Mário Jamé. O mundo, este mundo, não precisa, descobri, de assessores pagos a ouro para condicionar o mundo livre. Já o mesmo não se pode dizer da estrada. A estrada precisa de assessores pagos a ouro para condicionar o mundo livre: 40. 16 na mini-maratona. O Gebrasselaise que se cuide.